segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Quarenta e oito horas

Quarenta e oito horas foi o tempo necessário para eu pensar em escrever a respeito. O gosto das lágrimas continua impregnado na minha garganta, no meu nariz. Ainda não passou de todo a raiva. A raiva pelo descontrole. A raiva pelos desaforos. A raiva do esquecimento, que não me permite avaliar de fato o que foi aquele cataclisma. A raiva por saber que muito mais do que quarenta e oito horas eu contive raivas por muitos anos e agora, como uma raiz de árvore que rompe a terra, ela sai... nem sempre para o lado certo, sem cuidado, sem controle, machucando flores que foram cuidadas por anos.

22.fevereiro, 2023


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